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💥 IXPE revela segredo oculto do pulsar J1023 e desafia teorias antigas

Um novo estudo internacional, com participação da NASA e agências da Europa, acaba de revolucionar o entendimento sobre os pulsares — estrelas de nêutrons superdensas que emitem radiação em feixes giratórios, desta vez vamos falar sobre o Vento de Pulsar. Utilizando o telescópio IXPE, cientistas conseguiram identificar a origem dos raios X de um raro sistema binário chamado PSR J1023+0038, conhecido como J1023.

E o resultado surpreendeu todo mundo. Portanto, neste artigo, vamos entender o que é o pulsar J1023, como essa descoberta foi feita e por que ela é tão importante para a astrofísica moderna.


🌌 O que é o pulsar J1023?

O sistema J1023 é um pulsar de milissegundo em transição, um tipo extremamente raro e valioso para estudo. Ele consiste em:

  • Uma estrela de nêutrons girando rapidamente (pulsar)
  • Um disco de acreção formado a partir do material “roubado” de uma estrela companheira de baixa massa
  • Uma emissão constante de radiação pulsada, como um farol cósmico

Esse pulsar alterna entre dois estados:
🔄 ativo, quando se alimenta do disco;
📡 e dormente, quando emite pulsos detectáveis por rádio.

Portanto, essas transições fazem de J1023 um laboratório cósmico ideal para estudar a física extrema do universo.


🔍 A pergunta-chave: de onde vêm os raios X?

Até agora, a explicação padrão era que os raios X observados vinham do disco de acreção — mas o estudo da IXPE apontou para outra fonte: o chamado vento de pulsar.

Esse vento é um turbilhão de campos magnéticos, partículas quase à velocidade da luz e ondas de choque emitidas pelo pulsar. E é ele, e não o disco, que gera a maior parte dos raios X.


📊 Vento de Pulsar Como os cientistas descobriram isso?

A chave foi analisar a polarização da luz — um indicativo de como as ondas de luz estão organizadas.

🔸 A IXPE (Imaging X-ray Polarimetry Explorer), primeiro telescópio capaz de medir a polarização de raios X no espaço, foi essencial para a descoberta.
🔸 O estudo também usou dados de luz visível do Very Large Telescope (ESO, Chile) e raios X de outros observatórios como o NICER, o Swift e o Very Large Array (EUA).

A surpresa veio quando os cientistas encontraram o mesmo ângulo de polarização nas diferentes faixas de luz, indicando que uma única fonte física — o vento de pulsar — era responsável por toda a radiação observada.

Ilustração artística retratando as regiões centrais do sistema binário PSR J1023+0038, incluindo o pulsar, o disco de acreção interno e o vento do pulsar.
Crédito: Marco Maria Messa, Universidade de Milão/INAF-OAB; Maria Cristina Baglio, INAF-OAB
Ilustração artística retratando as regiões centrais do sistema binário PSR J1023+0038, incluindo o pulsar, o disco de acreção interno e o vento do pulsar. Crédito: Marco Maria Messa, Universidade de Milão/INAF-OAB; Maria Cristina Baglio, INAF-OAB

💡 O que isso muda?

Essa descoberta derruba modelos anteriores e abre caminho para novas teorias sobre como pulsares se comportam, especialmente quando estão em sistemas binários.

“Esses dados mostram que o vento de pulsar domina a emissão de energia no sistema,”
afirma Philip Kaaret, astrofísico da NASA Marshall e investigador principal da missão IXPE.

Para Maria Cristina Baglio (INAF, Itália) e Francesco Coti Zelati (Espanha), coautores do estudo, entender o funcionamento desses sistemas pode ajudar a explicar fenômenos extremos em todo o universo.


🔭 O que é a missão IXPE?

Lançada em 2021, a IXPE é uma missão conjunta entre a NASA e a Agência Espacial Italiana, com colaboração de 12 países. Sua função é estudar objetos como pulsares, buracos negros e restos de supernovas, revelando como a luz polarizada se comporta em ambientes de gravidade e magnetismo extremos.

Com instrumentos únicos, a IXPE já observou diversos pulsares isolados. Mas o caso do J1023 marca a primeira análise detalhada de um pulsar em transição com essas características.

✅ Conclusão Sobre vento de pulsar

Em resumo, o estudo do pulsar J1023 realizado com o telescópio IXPE representa um avanço notável para a astrofísica moderna. Ao identificar o vento de pulsar como a principal fonte de raios X nesse raro sistema binário, os cientistas não apenas desafiaram os modelos teóricos anteriores, mas também abriram novas possibilidades para compreender os processos físicos que ocorrem em estrelas de nêutrons.

Além disso, essa descoberta reforça a importância de tecnologias inovadoras, como a polarimetria de raios X, que permitem investigar fenômenos que antes permaneciam ocultos. Portanto graças a instrumentos como o IXPE, é possível estudar como campos magnéticos extremos e partículas relativísticas moldam o ambiente ao redor de objetos compactos.

Consequentemente, os resultados obtidos com o J1023 podem contribuir para explicar melhor não só o comportamento de outros pulsares binários, mas também fenômenos de altíssima energia espalhados pelo cosmos, como explosões de supernovas e emissões de buracos negros.

Por fim, este trabalho serve como exemplo de como a colaboração internacional e o uso de múltiplos observatórios em diferentes faixas de luz ampliam nossa visão do universo. Assim, à medida que novas missões espaciais entram em operação, espera-se que mais mistérios do espaço profundo sejam desvendados, permitindo à ciência avançar ainda mais na compreensão dos segredos que moldam o nosso cosmos.


❓FAQ – Vento de Pulsar J1023 e a missão IXPE

📌 O que é o pulsar J1023?
É um pulsar de milissegundo em transição que alterna entre estados ativos e dorminhocos, oferecendo uma rara oportunidade para estudar o comportamento de pulsares binários.

📌 O que é vento de pulsar?
Um fluxo altamente energético de partículas e campos magnéticos emitido pelo pulsar, que interage com o ambiente ao redor.

📌 Qual foi a descoberta da IXPE?
A IXPE identificou que os raios X do sistema J1023 vêm do vento de pulsar, e não do disco de acreção, como se pensava anteriormente.

📌 Por que a polarização da luz foi importante?
Ela revelou que a mesma fonte física gerava as diferentes formas de radiação, apontando para o vento de pulsar como origem comum.

📌 O que é a missão IXPE?
É um telescópio espacial que mede a polarização de raios X, ajudando a desvendar processos extremos em objetos como pulsares e buracos negros.


Indicação de Leitura

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Imagens, dados e informações utilizadas nesta matéria são de propriedade da NASA e foram disponibilizadas para fins educacionais e informativos.

Fonte: Artigo NASA

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