Desde que pousou em Marte em 2012, o rover Curiosity da NASA tem superado expectativas. Agora, com 13 anos de missão, ele está mais inteligente e eficiente do que nunca. Novas atualizações de software permitem que o robô execute múltiplas tarefas ao mesmo tempo e use menos energia em suas operações. Como resultado, o rover pode continuar explorando Marte por mais tempo — mesmo com a energia reduzida de sua fonte nuclear.
💡 Curiosity aprende a fazer mais com menos
Nos últimos meses, engenheiros do Jet Propulsion Laboratory (JPL), na Califórnia, deram ao Curiosity uma série de novos recursos. Um dos principais objetivos foi reduzir o consumo de energia das baterias, que são alimentadas por um gerador termoelétrico de radioisótopos (MMRTG). Esse sistema usa o calor do plutônio em decaimento para produzir eletricidade — uma fonte confiável, mas que vai perdendo potência com o tempo.
Para lidar com essa limitação, a equipe do JPL desenvolveu formas de o rover combinar tarefas como dirigir, mover o braço robótico e enviar dados para a Terra ao mesmo tempo. Essas ações antes eram feitas de forma isolada. Agora, o Curiosity pode executar tudo em paralelo — otimizando o tempo e economizando energia.
🔄 Dormir mais cedo também é estratégia
Além da multitarefa, os engenheiros ensinaram o Curiosity a “tirar uma soneca” caso termine seu trabalho mais cedo. Anteriormente, os planejadores adicionavam tempo extra por segurança, caso algum imprevisto ocorresse. Agora, se tudo correr bem, o próprio rover decide descansar antes do previsto.
Essa pausa adiantada significa menos tempo usando aquecedores, câmeras e instrumentos científicos. No fim das contas, isso ajuda a preservar a energia para os próximos dias — prolongando a vida útil do gerador nuclear e permitindo mais ciência a longo prazo.

🧭 Explorando novas formações rochosas em Marte
Recentemente, o Curiosity chegou a uma área rica em formações do tipo “boxwork” — estruturas rochosas que lembram grades e que, provavelmente, se formaram pela ação de água subterrânea bilhões de anos atrás. Esse terreno peculiar se estende por quilômetros em uma região do Monte Sharp, uma montanha de 5 km de altura onde o rover atualmente opera.
Diante dessa descoberta, os cientistas veem uma oportunidade valiosa: entender se a vida microbiana poderia ter existido no subsolo marciano durante a transição do planeta de um ambiente úmido para o deserto frio e seco que conhecemos hoje.
🪨 Uma pedra em forma de coral e sinais de água antiga
No dia 24 de julho de 2025 (o 4.608º dia marciano da missão), o Curiosity fotografou uma rocha com formato semelhante a um coral. Esse tipo de formação é comum em locais onde minerais foram depositados por água e depois sofreram erosão causada por bilhões de anos de vento.
Esse registro é mais um entre muitos que sugerem a presença de água líquida no passado de Marte — um indicativo promissor para a busca por vida antiga no planeta vermelho.
🛠️ Atualizações e adaptações ao longo dos anos
Não foi só em 2025 que o rover recebeu melhorias. Nos últimos anos, os engenheiros também:
- Criaram um novo modo de operação para o braço robótico após falhas no sistema de perfuração
- Atualizaram o software para melhorar a direção e proteger as rodas danificadas
- Adaptaram o uso das câmeras após falhas em filtros de cor
- Desenvolveram algoritmos para reduzir o desgaste dos pneus metálicos
Mesmo com 35 km percorridos e sinais de desgaste, as rodas ainda têm anos de uso pela frente. E, se necessário, o Curiosity pode continuar dirigindo mesmo com partes danificadas.
🔬 Uma missão que não para

Com todas essas atualizações, o Curiosity segue firme em sua missão: investigar o passado geológico e climático de Marte, entendendo como o planeta perdeu sua água e sua habitabilidade. Cada novo dado coletado ajuda a preparar o caminho para futuras missões — inclusive com astronautas.

🔍 Sobre o Curiosity
O Jet Propulsion Laboratory (JPL), gerenciado pelo Caltech na Califórnia, desenvolveu o rover Curiosity. A Diretoria de Missões Científicas da NASA, em Washington, lidera a missão como parte do programa de exploração de Marte. Já a Malin Space Science Systems, em San Diego, opera a câmera Mastcam.
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Fonte: Artigo NASA
