Em julho de 2025, o Telescópio Espacial Hubble, operado pela NASA e ESA, registrou a imagem mais nítida do cometa interestelar 3I/ATLAS. Esse objeto raro não nasceu no nosso Sistema Solar. Ele vem de um ponto desconhecido da Via Láctea e atravessa o espaço há bilhões de anos.
A fotografia mostra um casulo azul em formato de gota, formado por poeira que o núcleo gelado libera. Além disso, a imagem exibe um leve rastro de cauda, criado pelo aquecimento causado pela luz solar. Assim, os cientistas conseguem identificar sinais claros de atividade no visitante cósmico.
🔍 Descobertas recentes sobre o cometa
O Hubble permitiu que os astrônomos calculassem com mais precisão o tamanho do núcleo do 3I/ATLAS. Eles estimam que o diâmetro máximo alcance 5,6 km, embora ele possa medir apenas 320 metros. Mesmo com o poder de resolução do telescópio, o núcleo sólido permanece invisível.
Enquanto isso, outros observatórios da NASA — como o James Webb Space Telescope, o satélite TESS e o Neil Gehrels Swift Observatory — já analisam o cometa em colaboração com o W. M. Keck Observatory. Essas pesquisas devem revelar dados sobre sua composição química e comportamento ao se aproximar do Sol.
🌌 Um visitante de outro sistema estelar
O 3I/ATLAS atravessa o Sistema Solar a impressionantes 209.000 km/h, a maior velocidade já medida para um objeto desse tipo. Essa aceleração extrema ocorreu porque, durante bilhões de anos, o cometa recebeu impulsos gravitacionais de diversas estrelas e nuvens interestelares.
Segundo o astrônomo David Jewitt, da Universidade da Califórnia (UCLA), o trajeto rápido impede que a equipe determine o ponto exato de origem. Em outras palavras, rastrear o seu passado seria como tentar seguir a trajetória de uma bala após vê-la por uma fração de segundo.

📸 Créditos: NASA, ESA, e equipe científica do Hubble
🛰️ Como os cientistas detectaram o 3I/ATLAS
O sistema ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System), financiado pela NASA, identificou o cometa em 1º de julho de 2025. Naquele momento, ele estava a 675 milhões de km do Sol. Esse programa, desenvolvido pela Universidade do Havaí, monitora o céu para detectar asteroides e cometas que possam se aproximar da Terra.
Graças a essa tecnologia e a outros levantamentos de céu profundo, os astrônomos acreditam que muitos objetos interestelares semelhantes ainda aguardam detecção.
🔭 Visibilidade do cometa
Os telescópios terrestres devem observar o 3I/ATLAS até setembro de 2025. Depois disso, ele ficará escondido ao passar muito perto do Sol. No entanto, o cometa deve reaparecer no início de dezembro, quando voltará a ser visível para os observadores.
Por fim, vale lembrar que o Telescópio Espacial Hubble, com mais de 30 anos de atividade, continua revolucionando a astronomia e ajudando a compreender a natureza do universo.

❓ FAQ – Perguntas frequentes sobre o cometa interestelar 3I/ATLAS
O que é o cometa 3I/ATLAS?
O 3I/ATLAS é um cometa interestelar, ou seja, formado em outro sistema estelar e que está apenas passando pelo Sistema Solar.
Ele oferece risco para a Terra?
Não. A trajetória atual não cruza a órbita do nosso planeta.
Por que ele é tão rápido?
A velocidade se deve a bilhões de anos de aceleração gravitacional causada por estrelas e nuvens interestelares.
Quantos objetos como ele já foram detectados?
Até agora, apenas três: ʻOumuamua (2017), 2I/Borisov (2019) e o próprio 3I/ATLAS (2025).
🌠 Conclusão: O legado do 3I/ATLAS e a busca por outros viajantes interestelares
Em resumo, o cometa interestelar 3I/ATLAS representa um marco histórico na astronomia moderna. Com sua velocidade recorde de 209.000 km/h e origem misteriosa fora do nosso Sistema Solar, ele nos lembra que o universo está em constante movimento e repleto de visitantes inesperados. Além disso, sua observação detalhada, conduzida por telescópios como o Hubble e o James Webb, oferece uma oportunidade única de explorar materiais que se formaram em outras estrelas e regiões da galáxia.
À medida que mais tecnologias avançadas são desenvolvidas — como o sistema ATLAS —, a expectativa é que novos objetos interestelares sejam descobertos nos próximos anos. Portanto, a passagem do 3I/ATLAS é mais do que um evento isolado: é um convite à curiosidade científica e uma janela para os mistérios do cosmos.
Por fim, continue acompanhando as atualizações sobre o 3I/ATLAS e outros corpos celestes aqui no blog. A astronomia nunca para — e cada descoberta nos aproxima ainda mais das origens do universo. Fique de olho no céu!
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Todos os créditos de imagem e conteúdo reservados à NASA.
Imagens, dados e informações utilizadas nesta matéria são de propriedade da ESA e foram disponibilizadas para fins educacionais e informativos.
Fonte: Artigo Nasa, ATLAS
