A missão Hera ESA está fazendo história ao acelerar sua chegada aos asteroides Didymos. Lançada há exatamente um ano, em 7 de outubro de 2024, a espaçonave europeia já completou metade do caminho rumo ao seu destino. Contudo, o que impressiona os cientistas é que a nave chegará em novembro de 2026 – um mês antes do previsto inicialmente.
O Que Torna a Missão Hera Tão Especial?
A missão Hera ESA representa um marco crucial na defesa planetária. Assim, seu objetivo principal é estudar as consequências do impacto da sonda DART da NASA, que colidiu com o asteroide Dimorphos em 2022. Portanto, esta missão ajudará a humanidade a aprender como mudar a trajetória de asteroides perigosos de forma confiável.
Além disso, segundo a Agência Espacial Europeia, o desempenho excepcional da espaçonave e o planejamento inteligente das equipes em Terra possibilitaram essa antecipação na chegada.

Um Primeiro Ano Repleto de Conquistas
Sobrevoo por Marte e Testes Importantes
Após o lançamento bem-sucedido, a Hera realizou uma manobra fundamental que a enviou em direção a Marte. Dessa forma, em março de 2025, o sobrevoo marciano curvou a trajetória da espaçonave rumo a Didymos. Além disso, essa aproximação proporcionou uma oportunidade única para testar os instrumentos da Hera em um corpo planetário.
Logo depois do encontro com Marte, a equipe começou a fotografar asteroides distantes. Assim, prepararam a câmera principal da nave para o primeiro vislumbre de Didymos no próximo ano.
Inovação e Experiência Trabalhando Juntas
De acordo com Lisa Savarieau, engenheira de operações da Hera no Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC) na Alemanha, a missão Hera ESA marca a primeira experiência interplanetária para alguns membros mais jovens da equipe. Contudo, ela destaca que ficou impressionada com a capacidade deles de priorizar, superar desafios e ser criativos.
Além disso, a equipe conta com o suporte de veteranos do ESOC, profissionais com décadas de experiência em missões desafiadoras pelo Sistema Solar, como a famosa Rosetta.
Tecnologia de Navegação Autônoma: O Diferencial da Hera
Por Que a Nave Precisa Se “Autodirigir”?
Quando a espaçonave DART da NASA impactou Dimorphos em 2022, alterou sua órbita ao redor do asteroide maior e espalhou destroços pelo ambiente. Portanto, uma das inovações mais importantes da missão Hera ESA é seu sistema de navegação autônomo.
Essa tecnologia será essencial para navegar com segurança nesse ambiente incerto. Assim, a nave poderá operar mesmo estando muito distante da Terra para receber comandos em tempo real.
Testes Complexos em Solo e no Espaço
O novo sistema de navegação combina dados de vários sensores da Hera para manter o asteroide no campo de visão da câmera. Dessa forma, segundo a ESA, as equipes industriais da OHB na Alemanha e da GMV na Espanha testaram essa tecnologia tanto no espaço quanto em solo.
Além disso, realizaram o teste de navegação mais complexo já feito para uma espaçonave da ESA, utilizando a bancada de aviônicos da Hera em Bremen.
CubeSats: Pequenos Companheiros com Grandes Missões
Milani e Juventas: Os “Caronas” da Hera
A missão Hera ESA não viaja sozinha rumo aos asteroides Didymos e Dimorphos. Portanto, dois CubeSats do tamanho de uma maleta, chamados Milani e Juventas, estão a bordo e serão implantados para realizar investigações detalhadas.
Durante a viagem, a equipe de controle da Hera acorda regularmente os CubeSats. Assim, verifica sua saúde e testa o Link Inter Satélite que será usado para transmitir dados e comandos para a Terra através da nave principal.
Um Centro de Controle Dedicado
A empresa Spacebel está supervisionando o desenvolvimento de um centro de controle dedicado aos CubeSats da Hera. Além disso, localizado no Centro Europeu de Segurança e Educação Espacial na Bélgica, conectará a equipe de controle da Hera na Alemanha com os operadores dos CubeSats.
Dessa forma, a Tyvak na Itália pilotará o Milani, enquanto a GomSpace em Luxemburgo operará o Juventas. Além disso, a agência espacial francesa CNES, em Toulouse, apoiará o planejamento das missões dos CubeSats.
Desafios Únicos de Operação
Operar os pequenos CubeSats perto dos asteroides será extremamente desafiante. Portanto, devido à gravidade extremamente fraca, até mesmo a pressão da radiação solar será suficiente para impactar significativamente suas trajetórias.
Assim, a missão Hera ESA será a primeira a tentar manter três espaçonaves operadas independentemente coordenadas com segurança nesse tipo de ambiente. Contudo, o risco de colisão entre as naves ou com os asteroides é real, mas as equipes projetaram cuidadosamente planos de manobra para mantê-las seguras.

Próximos Passos da Jornada
Desafios Atuais
Atualmente, a Hera está sem contato com a Terra, escondida atrás do Sol até aproximadamente 24 de outubro. Além disso, no final de novembro, a espaçonave alcançará seu ponto mais distante do Sol. Portanto, os engenheiros precisarão equilibrar cuidadosamente o aquecimento dos sistemas internos da Hera contra a redução da energia solar disponível.
Parcerias Internacionais
As atividades atuais incluem testes de comunicação em voo entre a Hera e as antenas de espaço profundo da Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (JAXA). Assim, segundo a ESA, a JAXA é um parceiro importante na missão Hera, e esses testes permitiriam que as antenas japonesas apoiassem o fluxo de comandos e dados, se necessário.
O Próximo Grande Marco
O próximo marco importante virá em fevereiro de 2026. Nesse momento, a Hera realizará uma segunda manobra de espaço profundo para alinhá-la ao encontro com Didymos em novembro.
De acordo com Ian Carnelli, gerente da missão Hera, o primeiro ano no espaço foi incrivelmente bem-sucedido e cheio de ação. Além disso, ele destaca que a espaçonave está em excelente saúde, e as equipes na Terra estão se esforçando muito para se preparar para a chegada a Didymos.
Um Passo Crucial Para a Proteção do Nosso Planeta
A missão Hera ESA representa muito mais do que exploração espacial. Portanto, ela simboliza o compromisso da humanidade em aprender como proteger nosso planeta de asteroides perigosos de forma confiável.
Assim, enquanto aguardamos ansiosamente a chegada antecipada da Hera aos asteroides Didymos em novembro de 2026, fica evidente que cada manobra, cada teste e cada desafio superado nos aproxima de um futuro mais seguro.
Além disso, essa missão demonstra como a cooperação internacional, a inovação tecnológica e a dedicação de equipes experientes e jovens podem trabalhar juntas para alcançar objetivos extraordinários. Portanto, continue acompanhando o Rolê no Espaço para mais novidades sobre essa incrível jornada de defesa planetária!
FAQ – Perguntas Frequentes sobre a Missão Hera ESA
1. O que é a missão Hera ESA?
É uma missão europeia que vai estudar os asteroides Didymos e Dimorphos para entender como desviar asteroides perigosos da Terra.
2. Por que a Hera vai chegar um mês mais cedo?
Graças ao excelente desempenho da espaçonave e a um planejamento mais agressivo de manobras de frenagem pela equipe em Terra.
3. O que aconteceu com o asteroide Dimorphos em 2022?
A sonda DART da NASA colidiu intencionalmente com Dimorphos para testar se é possível mudar a órbita de um asteroide.
4. Quais são os CubeSats que acompanham a Hera?
Milani e Juventas, dois pequenos satélites do tamanho de uma maleta que farão investigações detalhadas dos asteroides.
5. Quando a Hera chegará aos asteroides Didymos?
A chegada está prevista para novembro de 2026, um mês antes do planejamento original.
6. Por que a navegação autônoma é importante para a Hera?
Porque a distância da Terra impede comandos em tempo real, então a nave precisa tomar decisões sozinha para navegar com segurança.
7. Quem são os parceiros internacionais da missão Hera?
A missão conta com parceria da JAXA (Japão), além de empresas e agências de vários países europeus e da agência espacial francesa CNES.
Indicação de Leitura
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Fonte: Artigo ESA
