O universo da exploração espacial está em constante ebulição, e o Foguete New Glenn da Blue Origin acaba de se posicionar como um competidor de peso na corrida interplanetária. A empresa de Jeff Bezos não está apenas construindo foguetes; ela está redefinindo o que significa ser um gigante no espaço. Recentemente, a Blue Origin alcançou um marco impressionante com seu veículo de lançamento pesado e parcialmente reutilizável, o New Glenn, e o que veio a seguir promete mudar o jogo.
No dia 13 de novembro, durante o que foi apenas o segundo lançamento do New Glenn (NG-2), a Blue Origin enviou uma carga da NASA com destino a Marte. A missão ESCAPADE (Escape and Plasma Acceleration Dynamics Explorers) levou um par de satélites gêmeos para estudar como o vento solar interage com o ambiente magnético de Marte e como essa interação impulsiona a perda atmosférica. Mas o mais empolgante, além disso, foi a recuperação bem-sucedida do primeiro estágio do foguete, cumprindo a promessa de reusabilidade parcial do sistema.
Portanto, a Blue Origin não perdeu tempo. Logo após esses feitos, a empresa divulgou um plano audacioso: desenvolver uma versão “super-pesada” do veículo, o New Glenn 9×4, claramente destinada a rivalizar com o Starship da SpaceX. A corrida espacial está mais quente do que nunca, e o Gigante Azul está pronto para o combate.

O Gigante Azul Alça Voo: O Sucesso do NG-2 e a Reusabilidade
O segundo voo do Foguete New Glenn marcou um ponto de virada. A missão ESCAPADE, um projeto científico crucial para a compreensão da dinâmica atmosférica de Marte, demonstrou a capacidade do foguete de realizar lançamentos de alta complexidade e longo alcance. Enquanto isso, a recuperação do primeiro estágio provou que a Blue Origin está no caminho certo para reduzir drasticamente os custos de acesso ao espaço.
A reusabilidade é a chave para o futuro da exploração espacial. O New Glenn foi projetado desde o início para ser parcialmente reutilizável, com o primeiro estágio retornando à Terra para ser usado em missões futuras. Dessa forma, a empresa não apenas economiza recursos, mas também aumenta a cadência de lançamentos, um fator vital no mercado de satélites em rápido crescimento.
Contudo, a Blue Origin não está satisfeita. O anúncio de aprimoramentos estruturais, aviônicos e de propulsão mostra que a empresa está constantemente buscando a excelência. O objetivo é claro: garantir que o Foguete New Glenn não seja apenas um competidor, mas sim o líder em sua categoria.

BE-4 e BE-3U: O Coração Potente do New Glenn
A propulsão é o músculo de qualquer foguete, e o New Glenn está prestes a ganhar um upgrade de força. Atualmente, o Foguete New Glenn utiliza sete motores BE-4 no primeiro estágio, projetados para gerar 2.400 kN (cerca de 550.000 lbf) de empuxo ao nível do mar, totalizando 16.800 kN.
Os novos aprimoramentos consistirão em propulsores de maior desempenho. Os motores BE-4 aprimorados entregarão 2.847 kN (cerca de 642.850 lbf) de empuxo cada, totalizando impressionantes 19.928 kN (4.5 milhões de lbf). A Blue Origin já demonstrou capacidades de até 2.780 kN em testes, mostrando que o aumento de potência é uma realidade iminente. Além disso, os aprimoramentos se estendem ao estágio superior. Os propulsores BE-3U, que alimentam o estágio superior, também serão melhorados, passando de 1.423 kN para 1.779 kN de empuxo.
Esses aprimoramentos trarão benefícios imediatos aos clientes já manifestados para voar com o New Glenn para destinos como a órbita baixa da Terra, a Lua e além. Assim, a Blue Origin garante que seu veículo permaneça na vanguarda da tecnologia de propulsão.

New Glenn 9×4: O Super-Pesado que Vai Mudar o Jogo
O passo mais ousado da Blue Origin é o desenvolvimento da versão super-pesada do foguete, batizada de New Glenn 9×4. O nome faz referência ao número de motores BE-4 e BE-3U que alimentarão seus estágios. Por outro lado, o New Glenn 9×4 também contará com uma carenagem de carga útil maior, medindo 8,7 metros de diâmetro, em comparação com a carenagem atual de 7 metros.
Mas o que realmente importa é a capacidade de carga. De acordo com as especificações de design, este veículo de lançamento será capaz de entregar:
| Destino | Capacidade de Carga (Métrica) |
|---|---|
| Órbita Baixa da Terra (LEO) | 70 toneladas |
| Órbita Geoestacionária (GSO) | 14 toneladas |
| Injeção Translunar (TLI) | 20 toneladas |
Com 70 toneladas para LEO, o New Glenn 9×4 se coloca diretamente na categoria de lançadores super-pesados, competindo de igual para igual com o Starship da SpaceX. Portanto, a Blue Origin está investindo pesado para garantir uma fatia do mercado que deve movimentar US$ 35,95 bilhões até 2030.
A Nova Era da Exploração Espacial e o Papel do New Glenn
A competição entre a Blue Origin e a SpaceX é um motor poderoso para a inovação. Contudo, o benefício final é para a humanidade. Mais foguetes capazes e mais lançamentos significam mais ciência, mais satélites e mais exploração.
A Blue Origin já está escalada para fornecer serviços de tripulação e carga útil através do Programa Artemis da NASA, especificamente para as missões Artemis V e VI. Além disso, a empresa espera garantir contratos adicionais com a NASA para exploração do espaço profundo, como a missão ESCAPADE, e programas de segurança nacional.
A possibilidade de a NASA terceirizar suas necessidades de lançamento e espaçonaves tripuladas para o setor comercial, citando atrasos no desenvolvimento do Starship, coloca o Foguete New Glenn em uma posição estratégica. O anúncio recente de que a agência buscará novamente propostas competitivas para um Sistema de Pouso Humano (HLS) reforça a importância de ter um veículo robusto e confiável como o New Glenn.
O Foguete New Glenn não é apenas um veículo de lançamento; é um símbolo da nova era espacial, onde a iniciativa privada impulsiona a fronteira do possível. É a materialização da visão de um futuro onde o acesso ao espaço é rotineiro e a humanidade se torna uma espécie multiplanetária.

O Futuro é Azul e Super-Pesado
O Foguete New Glenn está pronto para ser o cavalo de batalha da Blue Origin, impulsionando a empresa para a vanguarda da exploração espacial. Com a promessa de reusabilidade, a força bruta dos motores BE-4 aprimorados e a capacidade de carga monumental do New Glenn 9×4, a Blue Origin está enviando uma mensagem clara: o espaço é grande o suficiente para todos, e a competição só nos leva mais longe.
O que nos espera no cosmos, com gigantes como o New Glenn abrindo caminho? A resposta está nas estrelas, e o Rolê no Espaço estará lá para contar cada passo dessa jornada.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
Por quanto tempo o cometa Lemmon será visível?
O cometa Lemmon permanecerá visível com binóculos ou telescópio até meados de novembro de 2025. Entretanto, após 10 de novembro, seu brilho diminui rapidamente, tornando a observação cada vez mais difícil.
O cometa Lemmon é perigoso para a Terra?
Não. O cometa passou a 90 milhões de quilômetros do nosso planeta, uma distância totalmente segura. Cometas só representariam risco se colidissem com a Terra, algo extremamente raro e monitorado constantemente pelos astrônomos.
Por que o cometa Lemmon tem uma cauda verde?
A cor verde vem de moléculas de carbono diatômico (C₂), formadas quando a luz solar quebra moléculas orgânicas do núcleo cometário. Esse gás emite luz verde quando é excitado pela radiação do Sol.
Quando o cometa Lemmon voltará?
O cometa Lemmon não retornará por aproximadamente 1.154 anos. Isso significa que ninguém vivo hoje poderá vê-lo novamente — uma verdadeira oportunidade única na vida.
Preciso de equipamentos caros para ver cometas?
Não. Cometas relativamente brilhantes podem ser vistos a olho nu em locais com pouca poluição luminosa. Binóculos simples já revelam detalhes interessantes, e aplicativos gratuitos ajudam a localizar esses objetos no céu.
Como os cometas são nomeados?
Cometas recebem designações técnicas que indicam o ano de descoberta e uma letra correspondente ao período da descoberta (A para janeiro, B para fevereiro, etc.). O nome entre parênteses geralmente se refere ao observatório ou ao descobridor — neste caso, o Mount Lemmon Survey.
Existe diferença entre cometas e asteroides?
Sim. Cometas são compostos de gelo, poeira e rocha, formando caudas quando se aproximam do Sol. Asteroides são principalmente rochosos ou metálicos e não apresentam caudas. Alguns objetos intermediários, porém, podem apresentar características de ambos.
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