3I/ATLAS está de volta
Prepare-se para mais uma aventura cósmica, porque o 3I/ATLAS está de volta aos holofotes! Este cometa interestelar, um verdadeiro viajante de outra estrela, continua a nos surpreender. Sua jornada épica pelo nosso Sistema Solar, que começou com sua descoberta em julho de 2025, está nos dando pistas incríveis sobre a composição de mundos distantes. Afinal, o 3I/ATLAS é apenas o terceiro objeto interestelar já detectado, o que o torna um mensageiro cósmico de valor inestimável.
Desde que foi encontrado pelo sistema ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System), este objeto tem sido o foco de telescópios em todo o mundo. A grande questão que pairava no ar era: ele sobreviveria à sua passagem mais próxima do Sol, o periélio? A boa notícia, segundo os astrônomos, é que o 3I/ATLAS não apenas sobreviveu, como continua ativo e inteiro, desafiando as expectativas de fragmentação.
O Mensageiro de Outras Estrelas: Por Que o 3I/ATLAS é Tão Especial
O que torna este cometa diferente de todos os outros que conhecemos? A resposta está em sua origem. Enquanto a maioria dos cometas nasce na Nuvem de Oort ou no Cinturão de Kuiper, nos arredores do nosso quintal cósmico, este viajante veio de fora do nosso Sistema Solar. Sua órbita hiperbólica, que não se fecha em torno do Sol, é a prova de que ele está apenas de passagem, em uma rota de colisão (no bom sentido!) que o levará de volta ao espaço interestelar.
Imagine que este cometa é uma cápsula do tempo, carregando material de um sistema estelar que se formou há bilhões de anos. De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), oObjetos como este são cruciais, pois carregam pistas sobre a formação de outros mundos. Além disso, o 3I/ATLAS é o maior e mais brilhante objeto interestelar já visto, o que facilita muito o trabalho dos cientistas.
O nome 3I/ATLAS segue a nomenclatura oficial: o “3” indica que é o terceiro objeto interestelar, o “I” é de “Interstellar”, e “ATLAS” é o nome do sistema de telescópios que o descobriu. Em 1º de julho de 2025, o mundo da astronomia parou para observar este visitante que viaja a uma velocidade estonteante, chegando a cerca de 210.000 km/h.
A Sobrevivência do Cometa: Novas Imagens do Cometa 3i Atlas e Dados do seu Núcleo
A passagem pelo periélio, o ponto mais próximo do Sol, é um momento de grande estresse para qualquer cometa. O calor intenso pode fazer com que o núcleo de gelo e poeira se desintegre. Contudo, as observações mais recentes, como as realizadas pelo Nordic Optical Telescope (NOT) em 11 de novembro de 2025, confirmam que o 3I/ATLAS permanece como um corpo único e ativo. Além disso, segundo um relatório de David Jewitt e Jane Luu, o cometa não mostrou nenhuma evidência de fragmentação.
Isso é uma notícia fantástica para os astrônomos, pois significa que o cometa continuará ejetando material, permitindo estudos mais aprofundados. As imagens capturadas pelo NOT, que usaram um filtro para isolar a poeira, revelaram detalhes fascinantes sobre a coma, a nuvem de gás e poeira que envolve o núcleo.
Novos Os dados do 3i/Atlas mostram duas assimetrias principais na coma:
- O Leque Solar (Sunward Fan): Uma emissão de poeira na direção do Sol. Isso sugere que o cometa está liberando partículas maiores e mais lentas, provavelmente devido à sublimação (a transformação direta de gelo em gás) no lado iluminado pelo Sol.
- A Cauda de Poeira Normal: Uma cauda que se estende na direção oposta ao Sol (anti-solar), um comportamento típico de cometas.
Essas observações, feitas quando o cometa estava a 1.43 unidades astronômicas (UA) do Sol, mostram que o 3I/ATLAS é um cometa robusto, capaz de resistir ao calor solar e manter sua integridade.

Créditos: Nordic Optical Telescope, 11 Nov 2025



Desvendando a Composição de um Mundo Distante
O estudo da coma do 3I/ATLAS é como analisar o DNA de um sistema estelar alienígena. Dessa forma, graças a telescópios como o Hubble e o James Webb (JWST), os cientistas conseguiram identificar a composição desse material ejetado.
O JWST, por exemplo, revelou a presença de dióxido de carbono, monóxido de carbono, sulfeto de carbonila e gelo de água. A detecção de água, em particular, é um achado significativo, pois sugere que o cometa se formou em uma região rica em gelo em seu sistema estelar de origem. Portanto, a atividade do cometa, com a formação de uma coma e cauda, é o que o classifica como um cometa, e não apenas um asteroide.
A sublimação desses gelos, impulsionada pelo calor do nosso Sol, é o que cria o espetáculo de luz e poeira que observamos. A análise detalhada das assimetrias, como o leque solar, permite aos astrônomos modelar a rotação do núcleo e entender como o material é liberado no espaço.
O Futuro da Viagem do 3I/ATLAS
O 3I/ATLAS está em sua rota de saída do nosso Sistema Solar. Depois de passar pelo periélio em outubro de 2025, ele continuará sua jornada para longe do Sol. Enquanto isso, em dezembro de 2025, ele reaparecerá para os telescópios, oferecendo uma nova janela de observação antes de se afastar definitivamente.
Sua velocidade e trajetória o levarão a passar por Júpiter em março de 2026, antes de mergulhar novamente na vastidão do espaço interestelar. A cada quilômetro que ele percorre, ele nos deixa um legado de dados e mistérios. Contudo, acompanhar este cometa é uma oportunidade única de estudar, em tempo real, um pedaço de outro sistema estelar.
É inspirador pensar que este pequeno bloco de gelo e poeira viajou por incontáveis anos-luz, carregando consigo a história de sua origem. O 3I/ATLAS nos lembra que o universo é um lugar de conexões surpreendentes, onde objetos de mundos distantes podem, por um breve momento, cruzar o nosso caminho.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
O que é o 3I/ATLAS?
O 3I/ATLAS é um cometa interestelar, o terceiro objeto conhecido a ter se originado de fora do nosso Sistema Solar. Ele está apenas de passagem, seguindo uma órbita hiperbólica. Assim, ele carrega consigo material de outro sistema estelar.
Por que ele é chamado de 3I/ATLAS?
O “3” indica que é o terceiro objeto interestelar, o “I” significa “Interstellar”, e “ATLAS” é o nome do sistema de telescópios que o descobriu em julho de 2025.
O 3I/ATLAS oferece algum risco para a Terra?
Não, oO 3I/ATLAS não representa risco para a Terra. Sua aproximação máxima foi de cerca de 270 milhões de quilômetros, uma distância segura. Portanto, não há motivo para preocupação.
O que as novas observações do 3I/ATLAS revelaram?
As novas observações de novembro de 2025 confirmaram que o 3I/ATLAS é um corpo único e ativo, sem sinais de fragmentação após a passagem pelo Sol. Elas também detalharam a presença de um “leque solar” de poeira e uma cauda normal.
Qual é a importância científica do 3I/ATLAS?
O 3I/ATLAS é importante porque carrega material de outro sistema estelar, permitindo aos cientistas estudar a composição de mundos formados em outras regiões da galáxia. Além disso, ele é o maior e mais brilhante objeto interestelar já detectado.
O cometa 3I/ATLAS ainda está visível?
Sim, após passar por trás do Sol, o 3I/ATLAS reapareceu em dezembro de 2025 e continuará visível para grandes telescópios enquanto se afasta do Sistema Solar.
O que é o “leque solar” (sunward fan) no 3I/ATLAS?
É uma emissão de poeira na direção do Sol, causada pela sublimação de gelos no lado iluminado do cometa, sugerindo a liberação de partículas maiores e mais lentas.
Indicação de Leitura
Gostou do nosso artigo? Então, continue explorando e veja as outras matérias que preparamos sobre esse incrível e misterioso visitante interestelar. Descubra como o 3I/ATLAS está ajudando cientistas da ESA e da NASA a desvendar os segredos dos cometas que vagam entre as estrelas e o que essas descobertas podem revelar sobre a formação dos mundos.
Sugestões de Links Internos (Inbound)
- Cometa Interestelar 3I/ATLAS: o visitante mais veloz já registrado pelo Hubble
- Cometa 3I Atlas Aproximação: A Verdade por Trás do Viajante Interestelar
Sugestões de Links Externos (Outbound):
Fonte: 3i Atlas Still Single David Jewitt, Jane luu11 Nov 2025; 19:55 UT
Um otimo artigo aqui do Brasil ‘3I/ATLAS: Astrônomo do Observatório Nacional desmistifica boatos sobre cometa” Publicado no Site do Observatório Nacional.
