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🚀 Curiosity completa 13 anos em Marte com novas habilidades e mais eficiência

Desde que pousou em Marte em 2012, o rover Curiosity da NASA tem superado expectativas. Agora, com 13 anos de missão, ele está mais inteligente e eficiente do que nunca. Novas atualizações de software permitem que o robô execute múltiplas tarefas ao mesmo tempo e use menos energia em suas operações. Como resultado, o rover pode continuar explorando Marte por mais tempo — mesmo com a energia reduzida de sua fonte nuclear.

💡 Curiosity aprende a fazer mais com menos

Nos últimos meses, engenheiros do Jet Propulsion Laboratory (JPL), na Califórnia, deram ao Curiosity uma série de novos recursos. Um dos principais objetivos foi reduzir o consumo de energia das baterias, que são alimentadas por um gerador termoelétrico de radioisótopos (MMRTG). Esse sistema usa o calor do plutônio em decaimento para produzir eletricidade — uma fonte confiável, mas que vai perdendo potência com o tempo.

Para lidar com essa limitação, a equipe do JPL desenvolveu formas de o rover combinar tarefas como dirigir, mover o braço robótico e enviar dados para a Terra ao mesmo tempo. Essas ações antes eram feitas de forma isolada. Agora, o Curiosity pode executar tudo em paralelo — otimizando o tempo e economizando energia.

🔄 Dormir mais cedo também é estratégia

Além da multitarefa, os engenheiros ensinaram o Curiosity a “tirar uma soneca” caso termine seu trabalho mais cedo. Anteriormente, os planejadores adicionavam tempo extra por segurança, caso algum imprevisto ocorresse. Agora, se tudo correr bem, o próprio rover decide descansar antes do previsto.

Essa pausa adiantada significa menos tempo usando aquecedores, câmeras e instrumentos científicos. No fim das contas, isso ajuda a preservar a energia para os próximos dias — prolongando a vida útil do gerador nuclear e permitindo mais ciência a longo prazo.

Nesta imagem registrada em 26 de julho de 2025, é possível ver as trilhas deixadas pelo rover Curiosity da NASA enquanto ele transmitia dados simultaneamente para um orbitador em Marte. Essa combinação de tarefas demonstra uma estratégia eficiente de uso da energia gerada por sua fonte nuclear — visível ao fundo, com fileiras de aletas brancas.
Em resumo, mesmo após mais de uma década enfrentando as duras condições de Marte, o rover Curiosity mostra como inovação e adaptação prolongam a vida útil de uma missão. As equipes da NASA atualizaram seu software, melhoraram sua eficiência energética e ampliaram sua capacidade de realizar descobertas científicas. Além disso, o próprio Curiosity registrou evidências promissoras de um passado com água líquida, o que fortalece a busca por sinais de vida antiga. Dessa forma, o rover segue desbravando o planeta vermelho e pavimentando o caminho para o futuro da exploração humana em Marte.

🧭 Explorando novas formações rochosas em Marte

Recentemente, o Curiosity chegou a uma área rica em formações do tipo “boxwork” — estruturas rochosas que lembram grades e que, provavelmente, se formaram pela ação de água subterrânea bilhões de anos atrás. Esse terreno peculiar se estende por quilômetros em uma região do Monte Sharp, uma montanha de 5 km de altura onde o rover atualmente opera.

Diante dessa descoberta, os cientistas veem uma oportunidade valiosa: entender se a vida microbiana poderia ter existido no subsolo marciano durante a transição do planeta de um ambiente úmido para o deserto frio e seco que conhecemos hoje.

🪨 Uma pedra em forma de coral e sinais de água antiga

No dia 24 de julho de 2025 (o 4.608º dia marciano da missão), o Curiosity fotografou uma rocha com formato semelhante a um coral. Esse tipo de formação é comum em locais onde minerais foram depositados por água e depois sofreram erosão causada por bilhões de anos de vento.

Esse registro é mais um entre muitos que sugerem a presença de água líquida no passado de Marte — um indicativo promissor para a busca por vida antiga no planeta vermelho.

🛠️ Atualizações e adaptações ao longo dos anos

Não foi só em 2025 que o rover recebeu melhorias. Nos últimos anos, os engenheiros também:

  • Criaram um novo modo de operação para o braço robótico após falhas no sistema de perfuração
  • Atualizaram o software para melhorar a direção e proteger as rodas danificadas
  • Adaptaram o uso das câmeras após falhas em filtros de cor
  • Desenvolveram algoritmos para reduzir o desgaste dos pneus metálicos

Mesmo com 35 km percorridos e sinais de desgaste, as rodas ainda têm anos de uso pela frente. E, se necessário, o Curiosity pode continuar dirigindo mesmo com partes danificadas.

🔬 Uma missão que não para

Roda central à direita do rover Curiosity, da NASA, que explora Marte, fotografada em 22 de setembro de 2024. Crédito: NASA / JPL-Caltech / MSSS
Roda central à direita do rover Curiosity, da NASA, que explora Marte, fotografada em 22 de setembro de 2024. Crédito: NASA / JPL-Caltech / MSSS

Com todas essas atualizações, o Curiosity segue firme em sua missão: investigar o passado geológico e climático de Marte, entendendo como o planeta perdeu sua água e sua habitabilidade. Cada novo dado coletado ajuda a preparar o caminho para futuras missões — inclusive com astronautas.

Modelo 3D detalhado do rover Curiosity da NASA, com aparência robusta semelhante a um SUV compacto. Mede cerca de 3 metros de comprimento, 2,7 metros de largura e 2,1 metros de altura (sem incluir o braço robótico), com o braço estendido alcançando aproximadamente 2,2 metros. O corpo principal exibe instrumentos científicos, um laboratório geológico interno, múltiplas câmeras no mastro, rodas articuladas com suspensão rocker-bogie para terrenos acidentados e um laser para vaporização de rochas. O modelo reflete sua massa de 899 kg na Terra (337 kg em Marte) e destaca suas funcionalidades para exploração planetária em alta resolução.
Modelo 3D detalhado do rover Curiosity da NASA, com aparência robusta semelhante a um SUV compacto. Mede cerca de 3 metros de comprimento, 2,7 metros de largura e 2,1 metros de altura (sem incluir o braço robótico), com o braço estendido alcançando aproximadamente 2,2 metros. O corpo principal exibe instrumentos científicos, um laboratório geológico interno, múltiplas câmeras no mastro, rodas articuladas com suspensão rocker-bogie para terrenos acidentados e um laser para vaporização de rochas. O modelo reflete sua massa de 899 kg na Terra (337 kg em Marte) e destaca suas funcionalidades para exploração planetária em alta resolução.

🔍 Sobre o Curiosity

O Jet Propulsion Laboratory (JPL), gerenciado pelo Caltech na Califórnia, desenvolveu o rover Curiosity. A Diretoria de Missões Científicas da NASA, em Washington, lidera a missão como parte do programa de exploração de Marte. Já a Malin Space Science Systems, em San Diego, opera a câmera Mastcam.



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FonteArtigo NASA

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