Astrônomos registraram com precisão uma explosão de raios-X ocorrida há 12 bilhões de anos. A Sonda Einstein captou o evento quase em tempo real e mapeou os detritos de uma supernova primitiva chamada EP240315A. Publicada na Nature Astronomy, essa descoberta oferece insights inéditos sobre o universo primordial.
⚡ O que são as explosões rápidas de raios-X (FXTs)?
As Fast X-ray Transients (FXTs) são eventos astrofísicos breves que liberam intensa radiação em segundos ou horas. A captura em tempo real é desafiadora, e a origem dos FXTs segue sendo debatida.
No caso de EP240315A, o sistema de alerta da Sonda Einstein acionou observatórios como ATLAS (Havaí), Very Large Telescope (Chile) e Gran Telescopio Canarias (Espanha).
🌠 Entendendo a explosão de raios-X primitiva
A EP240315A surgiu de um jato de raios-X lançado durante o colapso de uma estrela massiva. Em apenas alguns segundos, liberou energia equivalente à do Sol em toda sua vida. O evento ocorreu quando o universo tinha menos de 1,5 bilhão de anos, a cerca de 12 bilhões de anos-luz.
Há indícios de relação entre FXTs e explosões de raios-gama (GRBs), ambas ligadas à formação de buracos negros. Porém, ainda não está claro se todo FXT segue esse mesmo mecanismo.

🌀 Novas visões do universo primitivo
Dados do VLT mostraram que a galáxia hospedeira tinha pouco hidrogênio, o que permitiu a fuga de radiação ultravioleta. Cerca de 10% dos fótons UV escaparam, contribuindo para a reionização do cosmos.
Essa foi a primeira vez que fótons de uma estrela recém-colapsada foram observados diretamente em raios-X, UV e luz visível, revelando a dinâmica violenta do universo inicial.
🧬 A importância dessas explosões para a cosmologia
- Elementos como ferro e oxigênio são dispersos no espaço, enriquecendo futuras gerações estelares.
- A confirmação da fuga de UV valida teorias de reionização cósmica.
- Cada observação ajuda a refinar modelos cosmológicos e planejar novas missões.
🔭 O que vem aí com a Sonda Einstein
A Sonda Einstein seguirá ampliando o catálogo de FXTs, permitindo análises de frequência, intensidade e ambientes de cada evento. Futuros telescópios, como o James Webb, agregarão dados em infravermelho para mapear poeira e gás ao redor dessas explosões.

✅ Conclusão Sobre explosão de raios-X EP240315A
A descoberta da EP240315A é um marco que abre uma janela para os processos violentos da infância do universo. Com a combinação de observatórios espaciais e terrestres, espera-se revelar não apenas a origem dessas explosões, mas seu papel na evolução cósmica.
❓ Perguntas Frequentes Sobre explosão de raios-X EP240315A
O que é uma explosão de raios-X?
Evento astrofísico de curta duração que libera intensa radiação X, geralmente ligado ao colapso de estrelas ou atividade em sistemas binários.
Por que essa descoberta é significativa?
EP240315A é o FXT mais distante já observado com detalhes, permitindo estudar a morte das primeiras estrelas.
Qual a relação entre FXTs e GRBs?
Ambos podem resultar de colapsos estelares que formam buracos negros, mas nem todo FXT é necessariamente um GRB.
O que é a reionização do universo?
Fase em que a radiação de estrelas jovens tornou o cosmos transparente, cerca de 1 bilhão de anos após o Big Bang.
Como os telescópios colaboram?
Satélites como a Sonda Einstein detectam o evento e acionam observatórios terrestres em outras faixas do espectro.
A Sonda Einstein continuará operando?
Sim. Ela segue ativa e deve registrar cada vez mais FXTs, ampliando o entendimento sobre esses fenômenos.
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Fonte: nature.com | esa.Int
