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Parker Solar Probe realiza 24ª aproximação recorde do Sol e entra em nova fase da missão

A espaçonave mais rápida já construída pela humanidade acaba de repetir um feito histórico. A Parker Solar Probe, missão da NASA dedicada a desvendar os mistérios do Sol, completou no dia 19 de junho de 2025 sua 24ª aproximação próxima ao astro-rei, atingindo a marca recorde de apenas 6,2 milhões de quilômetros da superfície solar.

Essa aproximação não só iguala a menor distância já alcançada pela sonda como também sua incrível velocidade de 687.000 km/h, o que a torna o objeto mais veloz já lançado pelo ser humano.

Portanto, neste artigo, você vai descobrir os detalhes dessa missão histórica, como a sonda resiste ao calor extremo, quais dados científicos está coletando e por que ela é fundamental para o futuro da astronomia e do estudo do clima espacial.


A missão entra em nova fase

Este sobrevoo marcou o encerramento da missão prevista no plano-base da Parker Solar Probe. No entanto, o trabalho da sonda está longe de acabar: ela continuará em órbita do Sol, realizando observações críticas até que a NASA avalie os próximos passos da missão em 2026.

Durante esse sobrevoo extremo, a Parker Solar Probe operou de forma autônoma e sem contato com a Terra, confiando em seus sistemas altamente avançados para navegar pelas intensas condições solares.

No dia 22 de junho, ela fez seu check-in com os operadores no Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins (APL), em Maryland — local onde também foi projetada e construída — e relatou que todos os sistemas estão saudáveis e funcionando normalmente.


O Escudo Térmico Revolucionário da Parker Solar Probe

Para suportar as condições extremas próximas ao Sol, a Parker Solar Probe conta com um equipamento essencial. Trata-se de seu escudo térmico de última geração. Oficialmente chamado de Sistema de Proteção Térmica (Thermal Protection System — TPS), ele permite que a espaçonave sobreviva a temperaturas altíssimas enquanto coleta dados inéditos.

O TPS foi instalado na sonda em junho de 2018, antes de seu lançamento histórico. Com 2,4 metros de diâmetro, o escudo cria uma sombra que mantém os instrumentos da sonda a cerca de 29 °C. Enquanto isso, sua face voltada para o Sol chega a suportar até 1.250 °C.

Sua estrutura combina dois painéis de composto de carbono-carbono superaquecido. Entre eles, um núcleo leve de espuma de carbono com 11 cm de espessura garante a resistência térmica. Para refletir a maior parte da radiação solar, a parte frontal recebe ainda um revestimento branco especial.

Mesmo sendo robusto, o escudo pesa apenas 73 kg. Isso é possível porque a espuma utilizada contém 97% de ar. Assim, ele combina leveza com alta resistência, o que permite à sonda atingir velocidades superiores a 687.000 km/h.

Graças a essa proteção, a Parker Solar Probe consegue se aproximar da coroa solar e enviar dados únicos sobre o ambiente espacial. Esse escudo é um marco da engenharia moderna e essencial para futuras missões de exploração.

A Parker Solar Probe da NASA — com seu escudo térmico voltado para frente e os painéis solares parcialmente estendidos — voa através de partículas no espaço.
A Parker Solar Probe da NASA — com seu escudo térmico voltado para frente e os painéis solares parcialmente estendidos — voa através de partículas no espaço.

Coletando dados únicos dentro da coroa solar

Entre os dias 14 e 24 de junho, enquanto atravessa a região externa da atmosfera solar — a coroa —, a Parker está utilizando seus quatro pacotes de instrumentos científicos para coletar dados inéditos sobre:

  • O vento solar e sua aceleração
  • Ejeções de massa coronal
  • Flares solares
  • A evolução do ciclo solar de 11 anos

Essas informações são fundamentais para a compreensão do clima espacial, um campo de estudo cada vez mais importante devido ao impacto direto que os eventos solares podem ter na vida e na tecnologia na Terra — afetando redes elétricas, satélites, viagens aéreas e até a segurança de astronautas em missões para a Lua e Marte.


Preparando o caminho para o futuro da exploração espacial

“A Parker Solar Probe continua em excelente estado de saúde, com seus instrumentos prontos para seguir revolucionando nossa compreensão do Sol”, declarou Arik Posner, cientista do programa na sede da NASA, em Washington.

Com o Sol entrando na fase de declínio de seu ciclo solar, a sonda Parker se tornará ainda mais valiosa. Ela terá uma chance única de estudar como a atividade solar diminui e influencia o ambiente espacial ao nosso redor — a chamada heliosfera.


Uma missão do programa “Vivendo com uma Estrela”

A Parker Solar Probe é parte do programa Living With a Star (LWS), iniciativa da NASA que busca entender os aspectos do sistema Sol-Terra que afetam diretamente a sociedade. O programa é gerenciado pelo Goddard Space Flight Center, em Maryland, e a missão é operada pelo APL, que também foi responsável por seu desenvolvimento.


Conclusão Parker Solar Probe 24ª aproximação recorde do Sol

A Parker Solar Probe segue escrevendo seu nome na história da exploração espacial. Ao repetir um feito histórico e se tornar novamente o objeto mais rápido já construído, a missão não apenas desafia os limites da engenharia, mas também amplia nosso conhecimento sobre o Sol e o clima espacial.

Graças ao seu escudo térmico revolucionário e a sistemas avançados de navegação, a sonda conseguiu atravessar as condições extremas próximas à coroa solar, coletando dados preciosos sobre o vento solar, ejeções de massa coronal, flares e a evolução do ciclo solar.

Essas informações são vitais não só para a comunidade científica, mas também para a segurança de tecnologias essenciais na Terra e para futuras missões tripuladas rumo à Lua e Marte.

Portanto, neste artigo, você acompanhou os detalhes dessa aproximação recorde da Parker Solar Probe, conheceu os bastidores da tecnologia que a protege e entendeu como essa missão prepara o caminho para o futuro da astronomia e da exploração do espaço. Uma verdadeira conquista para a ciência e para a humanidade.


FAQ – Perguntas frequentes sobre a Parker Solar Probe novo record

Qual é a missão principal da Parker Solar Probe?
Estudar a coroa solar e entender os mecanismos por trás do vento solar e de eventos como ejeções de massa coronal e flares solares.

Por que é importante estudar o clima espacial?
Eventos solares extremos podem causar danos a satélites, sistemas elétricos e representar riscos para astronautas. Compreender esses fenômenos ajuda a criar sistemas de alerta e proteção.

Quais recordes a sonda já quebrou?
A Parker Solar Probe é o objeto mais rápido já criado, atingindo 687.000 km/h, e também o que chegou mais próximo do Sol.

Até quando a missão continuará?
Embora o plano-base termine em 2025, a missão segue ativa até pelo menos 2026, quando será reavaliada pela NASA.

Como a sonda resiste ao calor extremo do Sol?
Ela é protegida por um escudo térmico inovador feito de espuma de carbono, que mantém os instrumentos a temperaturas seguras.


Indicação de Leitura

Gostou do nosso artigo? Então, continue conhecendo as missões da NASA / ESA que mudaram a astronomia. Dando sequência à sua jornada pelo espaço, explore as diversas missões da ESA / NASA, descubra as tecnologias inovadoras envolvidas e entenda como a exploração espacial está transformando a ciência e impactando diretamente o nosso cotidiano. Muitas dessas inovações, sem dúvida, têm suas raízes na astronomia!

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Todos as informações desse conteúdo reservados à NASA

Imagens, dados e informações utilizadas nesta matéria são de propriedade NASA e foram disponibilizadas para fins educacionais e informativos.

Fonte: Artigo Sobre O 24ª Aproximação da Sonda – NASA

Artigo NASA Sobre Escudo térmico
Artigo Completo sobre a Sonda Parker S Probe

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