O Telescópio Espacial James Webb da NASA fez um feito extraordinário: identificou a supernova mais antiga já registrada, que explodiu quando o universo tinha apenas 730 milhões de anos. Além disso, o Webb captou imagens detalhadas da galáxia hospedeira dessa supernova, abrindo uma nova janela para entender os instantes iniciais do cosmos.
Essa descoberta inédita ilumina como as estrelas massivas viviam e morriam em uma época tão remota e traz informações valiosas para quem deseja explorar o universo primordial. De acordo com dados da pesquisa, a supernova estava ligada a uma explosão de raios gama detectada meses antes, uma das mais poderosas e brilhantes conhecidas.

O que é uma supernova e por que essa é especial?
Uma supernova acontece quando uma estrela muito grande entra em colapso e explode, liberando uma quantidade gigante de energia e luz. Essas explosões são fundamentais para distribuir elementos pesados que compõem planetas, vida e tudo o que conhecemos.
Entretanto, a supernova detectada pelo Webb é extraordinária porque ocorreu quando o universo tinha menos de 5% da sua idade atual, cerca de 730 milhões de anos — um período chamado de universo primordial. Isso torna esse evento a supernova mais antiga já observada.
Além disso, o brilho dessa supernova se estendeu por meses, porque a luz precisou viajar e se esticar durante bilhões de anos por causa da expansão do universo. Para comparar, supernovas próximas apagam bem mais rápido.

Créditos: NASA, ESA, CSA, STScI, Andrew Levan (Radboud University); processamento de imagem por Alyssa Pagan (STScI).
Como o Webb detectou a supernova mais antiga?
Tudo começou em março de 2025, quando um telescópio franco-chinês chamado SVOM detectou uma explosão de raios gama — um clarão extremamente brilhante e raro no universo. Em seguida, outros telescópios, incluindo o Observatório Neil Gehrels Swift e o Very Large Telescope, colaboraram para localizar o evento.
Mas foi o Telescópio Espacial James Webb que, com sua avançada capacidade de captar luz infravermelha próxima, conseguiu identificar, em julho, a fonte do brilho: a supernova e sua galáxia hospedeira. Essas imagens precisas permitiram confirmar a idade e a natureza da supernova, quebrando o próprio recorde do Webb, que até então havia identificado supernovas com até 1,8 bilhão de anos.
Essa investigação rápida e precisa destacou o poder do Webb para observar estrelas individuais em eras tão distantes do tempo.

Arte: NASA, ESA, CSA, STScI, Leah Hustak (STScI).
O que essa supernova revela sobre as primeiras estrelas?
Surpreendentemente, a supernova mais antiga encontrada pelo Webb é muito parecida com supernovas próximas, o que intriga os cientistas. Esperava-se que estrelas tão antigas fossem muito diferentes — mais massivas, mais pobres em elementos pesados e com vidas curtas — mas o Webb mostrou que, ao menos visualmente, elas podem ser parecidas.
Essa semelhança desafia as teorias atuais sobre o universo jovem, especialmente sobre a Era da Reionização, quando o espaço entre as galáxias era opaco à luz de alta energia.
Dessa forma, essa descoberta abre muitas perguntas: será que a formação estelar naquele período foi mais parecida com a atual do que se imaginava? Quais as diferenças ainda invisíveis que podemos descobrir com futuras observações?
Primeiro olhar na galáxia hospedeira dessa supernova rara
Além da supernova em si, o Webb captou imagens da galáxia que a hospedou. Mesmo sendo uma mancha avermelhada e tênue, essa galáxia distante parece similar a outras conhecidas da mesma época. Isso indica que as galáxias formadas nos primeiros bilhões de anos do universo podem apresentar características parecidas.
Por fim, o time de cientistas já planeja utilizar o Webb para aprofundar o estudo dessas galáxias primitivas, observando com mais detalhes as explosões de raios gama e o brilho residual deixado pelas supernovas.
A revolução telescópica do Webb e o futuro da astronomia
O Telescópio Espacial James Webb é hoje o observatório mais poderoso do mundo, capaz de avançar nosso entendimento sobre os mistérios do cosmos, desde nosso sistema solar até galáxias distantes e de épocas muito remotas.
A identificação dessa supernova mais antiga mostra o que o Webb pode alcançar: revelar detalhes do universo infantil que antes estavam invisíveis. Assim, cada nova descoberta traz informações fundamentais para compreendermos nossa origem cósmica.
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Perguntas frequentes sobre a supernova mais antiga
O que torna essa supernova especial?
Ela é a mais antiga já detectada, formada quando o universo tinha só 730 milhões de anos, revelando segredos do cosmos primordial.Como o telescópio Webb captou essa supernova?
Usando sua tecnologia avançada no infravermelho próximo, o Webb identificou a luz da explosão e da galáxia hospedeira, mesmo a bilhões de anos-luz.O que são explosões de raios gama?
São explosões extremamente brilhantes e energéticas, frequentemente ligadas à morte de estrelas massivas, que emitem clarões de radiação intensa.Por que a supernova durou tanto tempo?
A luz foi esticada pela expansão do universo, fazendo o brilho parecer durar meses, muito mais do que supernovas próximas.O que essa descoberta muda na astronomia?
Mostra que as primeiras supernovas podem ser semelhantes às atuais, o que desafia teorias sobre as estrelas no universo jovem.Indicação de Leitura
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Fonte: Artigo “NASA’s Webb Identifies Earliest Supernova to Date, Shows Host Galaxy” Publicado em nasa.gov
Todos os créditos de imagem Reservados à NASA
Imagens, dados e informações utilizadas nesta matéria são de propriedade da NASA e foram disponibilizadas para fins educacionais e informativos.
